Comunicação Institucional
A reportagem especial “Precisamos falar sobre transgênero” aborda o mundo de três mulheres transexuais do interior Paranaense que anseiam por direitos e respeito dentro de uma sociedade cheia de opressão. A necessidade de abordar o assunto é construir um produto que leve conteúdo, desperte curiosidade e assim, instigue à pesquisa e aniquilando julgamentos. O grupo não se aprofundou em explicar conceitos, porém explicitou o mundo das transexuais com questões básicas de comportamento, desejos, diretos e medo.
A linha editorial do produto apresentado é altamente alternativa, e vai para um viés que incorpora à contracultura, sugere então uma revisão de valores absorvidos no cotidiano, indicando novos caminhos de pensamento. O assunto por questões morais e políticas ainda vai contra os pressupostos comungados pela maioria.
O produto não se enquadra em uma mídia tradicional, mas sim em veículos de comunicação com o propósito de difundir assuntos delicados e de relevância social, como: Catraca Livre, Hypeness e Razões Para Acreditar. No meio televisivo “Precisamos falar sobre trangênero”, se enquadraria no Canal Curta!.
O produto se alinha efetivamente na missão de ambos pelo fato de promover discussão de diversidades, elevando o nível de conhecimento das pessoas, gerando troca e desconstrução de ideias intolerantes. Os sites citados como veículos de comunicação para a difusão da reportagem produzida têm como característica empoderar a comunicação com uma visão ampla e aberta. Sendo assim o produto não descontruiria a imagem e identidade dos veículos, ao contrário reforçaria a missão e valores atribuídos pelos mesmos.
No caso ao ser exposto para esses veículos seria perspicaz a “construção e formação de uma imagem e identidade corporativas fortes e positivas de uma organização” (KUNCCH, 2003,p. 164), pois no Catraca Livre e Hypeness a premissa cultura é forte, já no Razões Para Acreditar, busca elevar o melhor das pessoas, buscando alavancar temas que preguem, respeito. Sendo assim a imagem construída será positiva, pois quem acessa os conteúdos dos veículos citados, criará uma empatia sobre o assunto, difundindo em conversas interpessoais o quão grandioso é o universo transexual, criando perspectivas de respeito, que difere de aceitação, mas não permite ataques e intolerância.
A grande reportagem no canal curta parte da mesma premissa cultural, durante a programação o canal passa diversos documentários, o produto enquadra-se nesse aspecto e conecta-se com a missão de tratar com consistência arte, cultura, pensamento e sociedade na televisão. O conteúdo é extremamente relevante para o canal e não fere de maneira alguma seus valores, pois ajudaríamos a fortalecer e elevar o conhecimento, ponto de vista explicito do Canal Curta!.
Portanto o grupo tem o intuito de construir o enaltecimento das diferenças, e o normal na realidade é o respeito, e o anormal é a intolerância das diferenças. Essa é a imagem que o grupo quer passar e construir para as organizações de comunicação citadas.
Considerando o produto audiovisual “Precisamos falar sobre transgêneros” pode ser incorporado por marcas, como: Avon e Boticário. Utilizando o conceito construído pelo grupo como estratégia comunicacional realizado os devidos cortes, o produto poderia ser utilizado em campanhas institucionais das marcas. O conteúdo completo poderia ser utilizado pela ONG, AMLGBT (Associação Maringaense de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Nas duas marcas, Avon e Boticário existem momentos nas campanhas publicitárias que ambas propagam as diferenças utilizando das diversidades abordadas para vender os produtos da linha. Para utilizar como campanha institucional, os devidos cortes deverão acontecer. O grupo acredita que no momento que as mulheres transexuais enfatizam o que é ser mulher, cria-se uma empatia de mulheres cisgênero para com mulheres transgênero.
A Avon já trabalhou com campanhas envolvendo mulheres transexuais e a Boticário no dia dos namorados com a diversidade no amor, abordando os homossexuais, desta forma, com o poder da observação, característica para apresentar um produto institucional para uma empresa, é possível perceber que o discurso não causará uma falsidade ideológica, pois, tanto na Avon quanto na Boticário há uma abertura para falar sobre diversidade. O produto seria utilizado como propaganda institucional.
Na ONG - AMLGBT de Maringá o material seria entregue na integra, como propaganda institucional também, por motivos de tratar do mesmo assunto que é difundido em palestras pela instituição, como forma de enaltecer a importância de existir uma ONG na cidade que trate do assunto. Portanto o produto seria utilizado, pois o discurso atribuído tem importância social, de modo que, esclareça a existência de ONG’s como a AMLGBT.